“Estão pedindo para eu encerrar, mas eu preciso explicar o resto da história”. Foi dessa forma que a comentarista Natuza Nery, da Globonews, continuou a análise que fazia ao vivo do pronunciamento do presidente da Câmara, Arthur Lira, sobre a PEC do Voto Impresso, transmitindo informações exclusivas, obtidas com suas fontes de Brasília, a respeito das possíveis consequências da votação em plenário. O episódio aconteceu no ‘Edição das 18h’ do dia 6 de agosto. E, assim, Natuza falou por mais três minutos sem ser interrompida.
Esse episódio expõe como é difícil para o jornalista, mesmo sendo ele um analista de fatos políticos, por vezes se aprofundar num determinado tema com o ritmo acelerado do jornalismo na mídia TV. E, vale ressaltar, aqui remetemos a uma emissora de um canal fechado que dedica a maior parte da sua programação ao jornalismo.
Fica o registro de como uma profissional com experiência e determinação pode driblar as “regras do jogo”.
Parabéns à Natuza Nery e a todos que insistem em nome da informação.
Por Ivana Barreto.
Acredito que a jornalista conseguiu mais tempo porque expôs sua necessidade. Não nos esqueçamos, porém, que tempo é um dos principais fatores que regem a programação de uma emissora de tv, especialmente se a transmissão for nacional e estiver ao vivo. Se o diretor de TV nāo tivesse comoestender o comentário dela, nāo tendo como adiar intervalos comerciais sem prejuizo para as outras praças por exemplo, a notícia, certamente, perderia para o relógio. E a comentarista seria avisada, e até repreendida, via ponto eletrônico, para parar. O bom profissional deverá entender como a mídia em que trabalha funciona. Há uma equipe deoutros profissionais atuando e todos têm a sua responsabilidade e limite de atuaçāo para entregar um produto (notícia))de qualidade.. Parabéns pelo debate.